domingo, 3 de dezembro de 2017

Património geológico, geoconservação, geossítio e sítio com interesse geológico

Na maior parte das vezes a relação do homem com o meio natural é geradora de desequilíbrios, saindo perdedora a Natureza. No que respeita à diversidade geológica, o resultado não foi uma excepção. Tendo como pretexto a necessidade de recursos que satisfizessem uma industrialização sinónima de desenvolvimento, a transformação da superfície terrestre pelas acções humanas conduziram, em muitas situações, à destruição do património ou herança geológica (Gray, 2004) que, infelizmente, não temos sabido preservar.

Perante um cenário em que o homem é o responsável pela maior parcela destas alterações, muito à frente dos agentes naturais ou da erosão (Leenaers et al., 2004), urge tomar medidas mitigadoras, na ânsia de preservar estas riquezas naturais para as gerações vindouras. Assente numa mudança colectiva, onde a responsabilidade é partilhada por todos, é necessário promover um uso sustentável dos recursos naturais, bem como uma alteração do paradigma com vista à diminuição dos efeitos negativos, preservando a diversidade geológica.



Cada um de nós tem um papel importante na Geoconservação do Planeta.


É neste contexto que surge a Geoconservação associada a esta responsabilidade colectiva, focada na correcta gestão dos elementos geológicos, com inegável valor científico, educacional, turístico ou cultural, transversais que são a toda a sociedade (Brilha e Galopim de Carvalho, 2010). Definindo-se aos poucos como ciência, do eixo Ciências da Terra, que tem na conservação da herança geológica, em particular dos geossítios, o seu objecto (Henriques, 2010), promovendo o seu inventário, caracterização, classificação, conservação, divulgação e monitorização (Brilha, 2005), a Geoconservação socorre-se de metodologias distintas  para assegurar a identidade do planeta.

Ora, seguindo um conjunto de etapas bem definidas, a Geoconservação não pode ser dissociada da sociedade, impulsionando a evolução do conhecimento científico, a protecção e gestão da natureza e da superfície terrestre, a educação dos homens e a divulgação e promoção dos lugares geológicos (geoturismo e a importância dos geoparques), preconizando um desenvolvimento sustentável.

Em todo o processo, além do envolvimento fundamental da população (Gray et al., 2008), é igualmente importante e necessário, tal como também defende José Brilha (2010), que "toda e qualquer iniciativa nacional de geoconservação seja  devidamente suportada pela legislação em vigor no país", pois só com estes instrumentos se consegue um enquadramento adequado a qualquer estratégia que venha a ser implementada, conferindo legitimidade a quem promove a conservação, quer estejamos perante geossítios (que se definem pelo seu interesse científico, à escala internacional) ou sítios com interesse geológico (que não se limitam ao interesse científico, tendo também relevância o seu interesse educativo ou turístico, por exemplo).

Ora, fundamental em qualquer estratégia de geoconservação é a identificação e caracterização dos locais abrangidos (Brilha, 2005; Henriques et al., 2011), com método (cf. Brilha, 2015, que refere alguns aspectos a ter em conta em todo este processo), tendo em conta o motivo, o valor, a sua escala e o seu uso (Lima et al., 2010), não descurando, por exemplo, o risco de degradação nos diferentes aspectos (cf. as propostas metodológicas apresentadas por Brilha, 2015). 


Uma estratégia de Geoconservação consertada engloba
as diferentes entidades em torno do bem comum. 

Revela-se, pois, importantíssimo conhecermos o 'chão que pisamos', compreendendo os fenómenos que estiveram na sua génese, para a partir daí conseguirmos valorizá-lo e, por conseguinte, melhor o conservar enquanto património ou herança geológica. Embora seja óbvio as dificuldades acrescidas quando está em causa um público pouco familiarizado com esta realidade, habituado que tem estado apenas à sua valorização enquanto recurso (por exemplo, energético ou metálico), capaz de suportar a evolução científica e tecnológica, o desenvolvimento e, em última linha, o conforto e bem-estar. 

Ora, só com um trabalho conjunto entre diferentes entidade e baseado na colaboração da sociedade, é possível encarar as novas perspectivas que dão forma a uma abordagem sustentável do património geológico, garantindo uma geoconservação que não descura o presente, mas também tem em conta o futuro, atribuindo-lhe valor científico, educativo ou turístico.

Bibliografia:
- BRILHA, José (2005). Património geológico e geoconservação - a conservação da natureza na sua vertente geológica. Palimage Editores.

- BRILHA, José (2015). "Inventory and quantitative assessment of Geosites and Geodiversity Sites: a review". In AAVV. (2015). Geoheritage.

- BRILHA, José e A. M. GALOPIM DE CARVALHO (2010). Geoconservação em Portugal: uma introdução. In. NEIVA, J. M. Cotelo et al. (eds) (2010). Ciências geológicas: Ensino, Investigação e sua História. pp. 435-441.

- BUREK, Cynthia V. e Colin D. PROSSER (2008). "The history of geoconservation: an introduction". In. BUREK, Cynthia V. e Colin D. PROSSER (Eds.) (2008). The History of Geoconservation. Special Publications. Geological Society. Volume 300. pp. 1-5.

- GORDON, John E., Barron Hugh F. BARRON, James D. HANSOM e Michael F. THOMAS (2011). "Engaging with geodiversity – why it matters". Proceedings of the Geologists’ Association. Volume 123. pp. 1-6.

- GRAY, Murray (2004). Geodiversity: valuing and conserving abiotic nature. John Wiley and Sons, Ltd.

- GRAY, Murray e J. GORDON (2008). "Geodiversity and the sustainable development of the regions". In. Euro Geol. Volume 25. pp. 28-30.

- HENRIQUES, Maria Helena (2010). "O ano internacional do Planeta Terra e Educação para a Geoconservação". In. NEIVA, J. M. Cotelo et al. (eds) (2010). Livro branco da Geologia em Portugal. pp. 465-474.  

- HENRIQUES, Maria Helena, Rui Pena dos REIS, José BRILHA e Teresa MOTA (2011). "Geoconservation as an Emerging Geocience". In. AAVV. (2011). Geoheritage. Volume 3. pp. 117-128.

- LEENAERS, H. e H. SCHALKE (2004). "Planet Earth in our hands". In. NIELD, T. e E. DERBYSHIRE (eds) (2004). Earth sciences for Society.

- PARKS, K.E. e M. MULLIGAN (2010). "On the relationship between a resource-based measure of geodiversity and broad scale biodiversity patterns". In. AAVV. Biodiversity and Conservation. N.º 19. Springer Netherlands. pp. 2751–2766.

- RIBEIRO, Maria Luísa e Miguel Magalhães RAMALHO (2009). Uma visita geológica ao Arquipélago da Madeira - Principais locais Geo-turísticos. Direcção Regional do Comércio, Indústria e Energia e Laboratório Nacional de Energia e Geologia.

- THOMAS,  Michael.F. (2012). "A geomorphological approach to geodiversity – its applications to geoconservation and geotourism." In. AAVV Quaestiones Geographicae. N.º  31(1), Bogucki Wydawnictwo Naukowe. pp. 81–89.

- SHARPLES, Chris (2002). Concepts and Principles of Geoconservation. Tasmanian Parks and Wildlife Services.

- WIMBLEDON, Bill e Sylvia SMITH-MEYER (ed.) (2012). Geoheritage in Europe and Its Conservation. ProGEO - European Association for the Conservation of the Geological Heritage

Ameaças à geodiversidade

A transformação da superfície terrestre pela acção humana tem vindo a impor uma outra postura de todos nós face à utilização dos recursos naturais que a Terra tem para nos oferecer. Particularmente no que diz respeito à herança geológica que recebemos, só nas duas últimas décadas é que temos vindo a despertar para esta nova realidade (Brilha, 2005), já que até então a forma como lidávamos com os recursos geológicos assentava, sobretudo, numa exploração utilitarista e economicista.

Esta nova postura tem beneficiado, em parte, da maior abrangência com que temos vindo a interpretar o património natural, não o limitando à flora e à fauna, incluindo, também, neste conjunto a paisagem (com elementos naturais e antrópicos associados) e o património geológico.

A riqueza deste património, que ainda hoje parece estar distante do conhecimento de muitos responsáveis técnicos e políticos ligados pelas mais variadas formas ao Ordenamento do Território e à Conservação da Natureza, só nos inícios dos anos 90 do século passado (Gray, 2004) começou a ganhar alguma relevância, materializando-se, por exemplo, na utilização do termos 'geodiversidade'.

Mas, tal como referimos no nosso último post, a maior atenção que a sociedade tem vindo a dedicar à geodiversidade tem levado, também, à constatação de que esta é frequentemente ameaçada por diversos factores, sobretudo na dependência da acção humana, embora os processos naturais não possam ser, também, tidos em linha de conta. Note-se que a grande diferença entre estes dois grandes grupos de ameaças à geodiversidade diz respeito à rapidez de degradação e à capacidade destruidora que se verifica com cada um deles: enquanto os factores naturais sucedem-se, normalmente, a um ritmo que permite a manutenção do equilíbrio, os factores antropogénicos condicionam e hipotecam logo as dinâmicas naturais da Terra e conduzem à perda parcial ou total de alguns lugares geológicos a um ritmo irrecuperável.  

Nos últimos anos tem sido dada cada vez mais atenção à geodiversidade e às suas ameças. 

Por estas razões aqui apresentadas, parece-nos ser mais pertinente nos determos com algum pormenor nas ameaças antropogénicas à geodiversidade. Ainda assim, de entre as ameaças naturais à riqueza e diversidade geológica podemos elencar, por exemplo, a erosão ou as alterações climáticas.

Os efeitos negativos da acção humana sobre a geodiversidade, tanto directa, como indirectamente, podem levar a um conjunto de consequências de diferentes graus, a saber: perda total de um elemento de geodiversidade; perda parcial ou dano físico; fragmentação do interesse; perda visibilidade ou intervisibilidade; perda de acesso; interrupção do processo natural; poluição; e o impacto visual. E que principais acções podem levar a estas consequências? É sobre esse assunto que nos vamos agora deter por alguns instantes, procurando, sobretudo, dar alguns exemplos da realidade madeirense.

A exploração dos recursos geológicos
O preço a pagar pelo desenvolvimento e conforto inclui, a maior parte das vezes, a degradação dos materiais geológicos, não só na sua exploração para obtenção de matéria prima, mas também pela sua destruição em consequência de construções que se venham a fazer. Não podemos deixar de ter em conta que o crescimento demográfico força-nos a uma expansão, muitas vezes desregrada, a uma sobrexploração, por exemplo, de materiais inertes ou de combustíveis fósseis. Estas ameaças têm repercussões tanto ao nível da paisagem (degradação e impacto negativo das explorações a céu aberto), como ao nível dos afloramentos (destruição de objectos geológicos de maior valor), que muitas vezes podem levar à contaminação dos recursos hídricos. Note-se, ainda assim, que em muitos casos são estas explorações que permitem o contacto com riquezas geológicas que de outro modo permaneceriam desconhecidas.
No caso da Madeira, é de termos em conta a quantidade de pedreiras que existiam espalhadas por toda a Ilha nos finais da década de 90 do século XX e no decorrer da primeira década do século XXI, por força do boom de construção que a Região conheceu. Tenhamos presente, também, a exploração que ocorreu no Pico Ana Ferreira, no Porto Santo e a destruição de Em nome do progresso e do desenvolvimento, foram irremediavelmente destruídos vários lugares geológicos.

Vestígios de antiga exploração da Pedreira da Palmeira (Câmara de Lobos)
e a falta de implementação de medidas de contenção dos impactes. 

Desenvolvimento de obras e estruturas
Os impactes negativos de algumas estruturas na paisagem são flagrantes, sobretudo quando falamos de obras de uma dimensão superior, como barragens, marinas, portos, lagoas, estações de tratamento de resíduos ou grandes edifícios. A integração destas estruturas no meio onde se inserem é, frequentemente, questionável, bem como a aplicação de estudos de impacto ambiental devidamente executados.
Tendo a Madeira como exemplo, facilmente nos apercebemos deste tipo de ameaças quando nos detemos a 'apreciar' o impacto da grande maioria das vias de comunicação. A chamada 'via rápida' é um bom exemplo. Em muitos casos, tal como tem sido prática em várias regiões do país, de forma a promovermos a estabilização das escarpas que ladeiam estas vias de comunicação,  é feita a betonização, levando à destruição ou ocultação por completo dos afloramentos geológicos. A par disso, vejamos o impacto da Marina do Lugar de Baixo, da Lagoa do Paul da Serra, neste momento em construção, ou a Estação de Tratamentos de Resíduos Sólidos da Meia Serra. No caso particular da Marina do Lugar de Baixo, é importante termos em conta na forma como esta obra hipotecou toda a zona envolvente ao colocar em causa a dinâmica dos processos naturais, acabando por evidenciar a má projecção de toda a estrutura e consequente destruição repetida.


A Marina do Lugar de Baixo é um bom exemplo de como as construções
na orla marítima podem ter efeitos nefastos e podem ser mal projectadas. 

Gestão de bacias hidrográficas
Na tentativa de regularização dos caudais das linhas de água e prevenção das cheias, hipotecamos a geodiversidade (e biodiversidade) dos locais.
Olhando a realidade madeirense, foquemo-nos na implicação da 'regularização' de todas as linhas de água que atravessam a cidade do Funchal ou da Ribeira Brava e a destruição e/ou ocultação das características geológicas dos locais.  Estas intervenções têm sido mais evidentes depois da nefastas intempérie de 20 de Fevereiro de 2010.

As intervenções nas ribeiras do Funchal em nome da segurança
da cidade têm sido objecto de vários reparos por diferentes entidades ambientalistas.  

Florestação, desflorestação e agricultura
Com o crescimento demográfico, temos sido muitas vezes forçados a aumentar a produção de bens alimentares, adoptando, consequentemente, práticas agrícolas mais prejudiciais ao ambiente a vários níveis. A agricultura intensiva e fortemente industrializada leva, por exemplo, à erosão (uso de maquinaria) e à degradação geológica.
Algo não tão incisivo acontece, também, com a florestação e a desflorestação. A primeira leva à ocultação das características geológicas de um dado lugar; a segunda promove a erosão dos solos.
No caso da Madeira, e tendo em conta o relevo acentuado da Ilha, tenhamos presente o impacto negativo dos incêndios e consequente destruição de algum património geológico e contribuição para a erosão mais rápida de alguns locais. Por outro lado, foquemo-nos, por exemplo, no impacto positivo dos poios ou socalcos na rentabilização dos terrenos disponíveis para cultivo.

Os poios ou socalcos fazem parte da paisagem agrícola madeirense. 


Actividades militares
Por vezes, as acções levadas a cabo pelas forças militares levam à destruição de locais de riqueza geológica. Sobretudo quando falamos de guerras, a destruição e perda de bens geológicos é, muitas vezes, incalculável e irrecuperável.
Na Madeira, esta impacto particamente não se verifica, podendo, potencialmente, serem evocadas as acções de treino militar. Ainda assim, são actividades que não têm quaisquer efeitos negativos no âmbito da geodiversidade.

Actividades recreativas e turísticas
Com o crescimento das actividades ao ar livre, crescem também os efeitos negativos da presença humana no meio natural. No que à geodiversidade diz respeito, é de referir o impacte da sobrecarga das viaturas todo-o-terreno ou, até mesmo, do pisoteio humano em zonas sensíveis. Além disso, a construção de infraestruturas ligadas ao turismo, por vezes, têm efeitos prejudiciais em zonas de si já bastante sensíveis.
Na Madeira, estes impactes são tanto mais evidentes por causa da relevância do turismo na nossa economia. Sendo os passeios a pé um dos ex libris da Região, o pisoteio e o desrespeito por locais mais sensíveis têm consequências bastante graves para o equilíbrio dos ecossistemas e para a preservação da riqueza geológica. Um bom exemplo que podemos aqui apresentar é o da Ponta de São Lourenço e a destruição de zonas onde os fósseis de gastrópodes pulmonados são frequentes.

O pisoteio em zonas sensíveis pode ter efeitos negativos
ao nível da geodiversidade e biodiversidade.
Particularmente no que respeita à construção de infraestruturas turísticas e os seus impactos negativos, tomemos como exemplo o campo de golfe do Porto Santo, que ocupa uma área significativa e que exige uma quantidade considerável de água para manutenção dos seus relvados, o que é problemático numa região onde a escassez de água é significativa.

Colheitas de amostras para fins não científicos
A colheira de amostras para colecção ou venda ilegal é uma das ameaças mais comuns à diversidade geológica de alguns locais. O levar para casa uma recordação de um local emblemático é uma atitude bastante comum, mesmo que, em muitos dos caso, alguns anos depois essa rocha ou outro material geológico acabe por ser deitado fora. Ora, se cada pessoa que visita uma determinada localidade retirar uma rocha ou um mineral, facilmente conseguimos perceber o impacto desta acção. Este problema acaba por ser ainda mais gravoso, quando estamos perante situações de contrabando e comércio ilegal destes bens. Em certos casos, são destruídos jazidas ou amostras com menos valor comercial para obter as melhores amostras.
Na Madeira estas situações verificam-se, sobretudo, com a recolha de amostras como recordação da passagem por algum lugar.

Iliteracia cultural
A iliteracia cultural está, provavelmente, na base das restantes ameaças referidas. Na verdade, a falta de informação do cidadão comum, associada à ausência de protecção legal adequada, à falta de experiência e ao desconhecimento das autoridades locais, nacionais e internacionais leva-nos a não dar a devida atenção à geodiversidade que nos envolve. Só somos capazes de preservar e conservar aquilo que conhecemos.

Ora, facilmente, após alguma reflexão e enumeração de alguns exemplos de ameaças que a podem colocar em causa, facilmente nos apercebemos da importância da geodiversidade para o equilíbrio natural da Terra, com benefícios claros para a vida humana. O problema é nem todos terem ainda percebido do quão importante é a preservação de todos estes elementos. Esse é um assunto que contamos abordar num post seguinte, onde pretendemos nos dedicar à Geoconservação. 

 Bibliografia
- BRILHA, José (2005). Património geológico e geoconservação - a conservação da natureza na sua vertente geológica. Palimage Editores.

- BRUM DA SILVEIRA, A.; MADEIRA, J.; RAMALHO, R.; FONSECA, P., PRADA, S. (2010) - Notícia Explicativa da Carta Geológica da ilha da Madeira, na escala 1:50.000, folhas A e B. SRARN e UMa.

- BRUM DA SILVEIRA, A.; PRADA, S.; RAMALHO, R.; MADEIRA, J.; FONSECA, P.; CANHA, E.; BRILHA, J. (2012). Inventariação do Património Geológico da ilha da Madeira. Secretaria Regional do Ambiente - Relatório Final.

- FERREIRA, António Brum (1981). Manifestações periglaciárias de altitude na ilha da Madeira. Finisterra.

- GOMES, Celso e João Baptista SILVA (2001). Areia de Praia e Bentonite da Ilha do Porto Santo  - Potencialidades para aplicações em Geomedicina.

- GOODFRIEND, G. A.; CAMERON, R. A. D.; COOK, L. M.; COURTY, M.-A.; FEDOROFF, N.; LIVETT, E. & TALLIS, J. (1996) The Quaternary eolian sequence of Madeira: stratigraphy, chronology, and paleoenvironment interpretation. Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology .

- GORDON, John E., Barron Hugh F. BARRON, James D. HANSOM e Michael F. THOMAS (2011). "Engaging with geodiversity – why it matters". Proceedings of the Geologists’ Association. Volume 123. pp. 1-6.

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- THOMAS,  Michael.F. (2012). "A geomorphological approach to geodiversity – its applications to geoconservation and geotourism." In. AAVV Quaestiones Geographicae. N.º  31(1), Bogucki Wydawnictwo Naukowe. pp. 81–89.

- SHARPLES, Chris (2002). Concepts and Principles of Geoconservation. Tasmanian Parks and Wildlife Services.


- WIMBLEDON, Bill e Sylvia SMITH-MEYER (ed.) (2012). Geoheritage in Europe and Its Conservation. ProGEO - European Association for the Conservation of the Geological Heritage.